No dia 05 de setembro de 2016 foram demitidos arbitrariamente pela empresa AeC
Contact Center quatro dirigentes sindicais que atuam no setor de telemarketing
no estado da Paraíba. São eles: Antônio Marcos Barbosa e Valéria Souza, de
Campina Grande; e, Douglas Santos e Leonardo Gomes, de João Pessoa, todos
lutadores conhecidos entre a categoria por defenderem os direitos dos
funcionários e o cumprimento do acordo coletivo, especialmente no que diz
respeito ao pagamento da participação nos lucros, que a empresa se nega a
cumprir.
Um dos demitidos, inclusive, Antônio Marcos, além e ser delegado sindical é
dirigente da Federação (Fitratelp) e participa da mesa de negociação nacional
da Contax defendendo direitos dos funcionários e melhores salários.
De fato, esse setor está entre os que mais explora os trabalhadores sendo recordista
de casos de adoecimento por motivos relacionados ao trabalho e paga o mínimo
permitido pela lei na maioria das empresas, mesmo registrando lucros
exorbitantes.
A verdade é que os patrões não querem que a categoria se organize para lutar em
defesa de seus direitos e por melhores salários. Para os capitalistas donos das
empresas, dirigente sindical só é bom se for dócil, aceite os seus desmandos e
não organize greves, mobilizações e a luta da categoria.
Como esses companheiros demonstraram uma firme resistência à tentativa patronal
de superexplorar a categoria, e uma grande disposição de lutar, decidiram
mandá-los embora!
Ocorre que a lei protege o dirigente sindical contra esse tipo de demissão
arbitrária. Mas, os donos da AeC optaram por seguir o mal exemplo dos
representantes dos patrões no Congresso Nacional que desrespeitaram o voto de
54 milhões de pessoas e cassaram o mandato da Presidenta eleita pela maioria
dos cidadãos brasileiros: querem rasgar o direito dos trabalhadores à
estabilidade provisória do dirigente sindical.
Por isso, vamos ingressar na justiça pelo cumprimento da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) para que a estabilidade seja garantida, mas, principalmente,
organizar uma grande campanha de solidariedade pela readmissão dos nossos
representantes e promover a unidade do movimento sindical classista contra os
ataques dos patrões aos direitos dos trabalhadores assim como estamos fazendo
contra o governo ilegítimo de Temer e em defesa do poder popular.
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