6 de setembro de 2016

NÃO ÀS DEMISSÕES ARBITRÁRIAS E PERSEGUIÇÃO A SINDICALISTAS DE TELEMARKETING NA PARAÍBA


          


No dia 05 de setembro de 2016 foram demitidos arbitrariamente pela empresa AeC Contact Center quatro dirigentes sindicais que atuam no setor de telemarketing no estado da Paraíba. São eles: Antônio Marcos Barbosa e Valéria Souza, de Campina Grande; e, Douglas Santos e Leonardo Gomes, de João Pessoa, todos lutadores conhecidos entre a categoria por defenderem os direitos dos funcionários e o cumprimento do acordo coletivo, especialmente no que diz respeito ao pagamento da participação nos lucros, que a empresa se nega a cumprir.
            
Um dos demitidos, inclusive, Antônio Marcos, além e ser delegado sindical é dirigente da Federação (Fitratelp) e participa da mesa de negociação nacional da Contax defendendo direitos dos funcionários e melhores salários.
            
De fato, esse setor está entre os que mais explora os trabalhadores sendo recordista de casos de adoecimento por motivos relacionados ao trabalho e paga o mínimo permitido pela lei na maioria das empresas, mesmo registrando lucros exorbitantes.
            
A verdade é que os patrões não querem que a categoria se organize para lutar em defesa de seus direitos e por melhores salários. Para os capitalistas donos das empresas, dirigente sindical só é bom se for dócil, aceite os seus desmandos e não organize greves, mobilizações e a luta da categoria.
            
Como esses companheiros demonstraram uma firme resistência à tentativa patronal de superexplorar a categoria, e uma grande disposição de lutar, decidiram mandá-los embora!
            
Ocorre que a lei protege o dirigente sindical contra esse tipo de demissão arbitrária. Mas, os donos da AeC optaram por seguir o mal exemplo dos representantes dos patrões no Congresso Nacional que desrespeitaram o voto de 54 milhões de pessoas e cassaram o mandato da Presidenta eleita pela maioria dos cidadãos brasileiros: querem rasgar o direito dos trabalhadores à estabilidade provisória do dirigente sindical.
            
Por isso, vamos ingressar na justiça pelo cumprimento da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para que a estabilidade seja garantida, mas, principalmente, organizar uma grande campanha de solidariedade pela readmissão dos nossos representantes e promover a unidade do movimento sindical classista contra os ataques dos patrões aos direitos dos trabalhadores assim como estamos fazendo contra o governo ilegítimo de Temer e em defesa do poder popular.


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