
Segundo funcionário, Sinttel-PE ofereceu dinheiro em nome da Contax para que ele aceitasse demissão irregular.
Francisco de Assis Santos, trabalha no site Conquista da Contax e há oito anos é funcionário da empresa. Mesmo tendo estabilidade por fazer parte da Cipa, Chico foi demitido em outubro de 2012. Curioso é que a demissão teve a participação direta do Sinttel-PE. Entenda a situação, na entrevista que Francisco de Assis concedeu para o SINTELMARKETING-PE.
Quando começou e como se dava a perseguição no seu ambiente de trabalho?
Em outubro de 2011 fui demitido sem nenhuma justificativa plausível, afinal, eu sou um cipeiro atuante e que fazia as denúncias contra a Contax. Em novembro desse mesmo ano, a justiça obrigou a empresa a me reintegrar. Desde então, começaram as perseguições na forma de não aceitar meus atestados médicos, recebi advertências e suspensões por ir ao banheiro... Como não aceitei as advertências, suspenção e por reclamar das irregularidades da Contax e questionar a atuação do Sinttel dentro da empresa, que mesmo ciente dos fatos, nada fez, a Contax me demitiu pela segunda vez no dia 25 de outubro de 2012.
De que maneira agiu o Sinttel nesse processo?
Desde o início das perseguições procurei o Sinttel, falei com todos os diretores inclusive o presidente Marcelo Beltrão. Ele me orientou a procurar um advogado particular, pois a assessoria jurídica do Sinttel não estava a minha disposição. No dia 19 de outubro de 2012 o diretor do Sinttel Edilson Santana me ligou pedindo que fosse a sede do sindicato que tinha assunto do meu interesse pra tratar. No dia 22 de outubro cheguei na sede do sindicato e fui recebido pelo também diretor do Sinttel José de Anchieta, que segundo ele, falava em nome da Contax, e me propôs a venda do meu ano de gestão como cipeiro, no caso, a minha estabilidade, no valor de R$ 17 mil e que eu teria que aceitar, caso contrário, Carol do RH da Contax já estava com todos os documentos prontos para me demitir. Não aceitei, e fui demitido pela segunda vez no dia 25 de outubro de 2012 por justa causa, e até hoje não recebi justificativa sobre minha demissão.
Como está sua situação atualmente?
Desde o dia 25 de outubro meu crachá foi recolhido sem nenhuma informação e desde então estou sem trabalhar, sem receber salário e estou impossibilitado de arrumar novo emprego por que até hoje não foi solicitado exame demissional, nem tão pouco a homologação da minha demissão por parte do Sinttel, no qual procurei por três vezes após todo ocorrido. Todos os meus benefícios foram cortados, ticket de alimentação, Gold Card (cartão farmácia), e o mais grave foi ter cortado o plano de saúde, sendo minha filha, menor de 6 anos, acompanhada pelo nefrologista devido a um problema de refluxo urinário.
Que mensagem você deixa para os colegas?
Muitos operadores sofrem assédio moral na Contax, e eles não podem se intimidar. Devem denunciar e procurar a ajuda da assessoria jurídica do Sintelmarketing. A melhor forma de por fim ao assédio moral e conquistar melhores condições de trabalho é nos unindo, lutando e não nos calando. Por isso, não me arrependo de ter enfrentado a Contax e o Sinttel que está mais para sindicato dos patrões que dos trabalhadores.
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